segunda-feira, 5 de maio de 2014

Parte 16

Sim eu estava beijando o meu ídolo, o cara que quando conheci, quando vi cantar pela primeira vez, me apaixonei e gritava aos quatro ventos que iria casar com ele. Seu beijo era tão bom, sua boca era macia como veludo, sua língua procura espaço em minha boca, enquanto sua mão na minha cintura me puxava para mais perto de si e outra na minha nuca, puxando, de leve, um pouco meus cabelos e me fazendo arrepiar por inteira. Quis me soltar dele, mas seus braços fortes me impediram, e confesso que gostei desse certo impedimento, o beijo estava tão maravilhoso que me perdi do mundo, era só eu, ele e nossos lábios em uma sintonia perfeita.
Ele foi parando o beijo com leves mordidas no meu lábio inferior, e alguns selinhos. Ele parou agora com as duas mãos sobre minha cintura, e pairou sem olhos sobre mim fixamente, creio que eu que esperando alguma reação minha, mas eu estava completamente em estado de hipnose pra dizer algo.

- Cat – Ele me chamou na tentativa de me chamar para o mundo real.
- É... Er... Oo... Oi. – Sim, falei gaguejando um pouco.
- Cê não gostou é isso?
- Não Lu, eu gostei sim claro, só acho que não deveria...

Ele não me deixou continuar o que estava dizendo e me puxou para um beijo novamente. Dessa vez com uma pitada mais de fogo. Ele me colocou não tão delicadamente, mas também não como um bruto sobre o sofá, e ficou sobre mim. Por uns instantes perdi meu ar por completo, mas consegui tira-lo de cima mim.

- Luan, calma. – Ele se sentou no sofá virado pra mim.
- Desculpa Cat, não foi minha intenção, me precipitei eu sei.
- Olha não quero que seja assim, o beijo foi maravilhoso, mas...
- Mas o que? – Mais uma vez esse garoto me interrompendo, deve ser um hobby dele.
- Mas acho melhor ficar só no beijo.
- Por que? Eu gostei, você gostou, qual o problema?
- Luan tem nem um mês que saímos de um relacionamento acho que...
- Esquece esses relacionamentos que saímos caramba. – Ele se levantou no sofá, parece que ficou irritado. – Para de pensar nisso um pouco. Agora somos SOL-TEI-ROS, ta difícil de entender?
- Não Luan, não ta difícil de entender. Só acho que estou muito magoada ainda pra entregar meu corpo novamente a alguém.
- Eu te entendo, sei que está muito magoada, traição é uma coisa complicada, mas você deve se abrir pra uma nova vida, pra novos relacionamentos, pra novos amores. – Ele se sentou no sofá ao meu lado novamente e colocou sua mão sobre meu rosto. – Tem que esquecer um pouco que passamos por momentos complicados em nossos relacionamentos, tem que entender que se fechar para os homens não vai resolver nada, só vai piorar isso sim. Para com isso. Se abre pra uma nova vida dona Catarina Freitas.

Assim que ele terminou, eu mesma tomei a liberdade de puxá-lo pra mim e beijá-lo.



Tá curtinho né shaushuahsu, espero que gostem. COMENTEM PRA CONTINUAR! 
E aah, vou sumir mais não rsrsrs

quarta-feira, 30 de abril de 2014

PARTE 15

- Calma Cat, eu não fiz por mal, não precisa ficar brava comigo e querer me expulsar.
- Eu não to te expulsando. Apenas não quero ficar com você, será que é tão difícil de entender.
- Sim é difícil de entender. Somos livres e desimpedidos nada impede que a gente fique.
- Claro que existem coisas que impedem que a gente fique sim.
- O que?
- Eu ainda tenho sentimentos pelo Miguel, e você com certeza ainda morre de amores pela Mariana, e um usar o outro pra tentar esquecer amor passado não é bom.
- E quem disse que eu to te usando?
- É o que parece.
- É o que parece, mas não é.
- Eu não quero ser mais um de seus brinquedinhos, que você usa quando quer e depois esquece, joga fora como se fosse um copinho descartável. Eu não quero e vou ser seu passatempo.
- Olha, vou te confessar uma coisa, eu nunca insisti tanto pra ficar com alguma mulher como insisto em ficar com você, isso já é um ponto significativo você não acha?

Fiquei em silencio sem saber o que responder pra ele. A gente estava rindo e feliz a minutos atrás, e por um simples tentativo de beijo, deu no que deu... Briga

- Você não vai me responder?! – Ele insistiu.
- Olha eu sei que você ta insistindo muito, mas eu sempre deixei bem claro que seriamos apenas amigos, claro se você quiser.
- Mas será que não podemos ter uma amizade colorida?

Fiquei perplexa juro. Meu Deus, como o Luan era insistente. Mas o charme dele, o jeito de pedir, já estava me deixando louca, minha boca pedia pra tocar na dele, mas eu tentando ser forte, porque se ficasse com ele, sei que logo iríamos pra cama, ele iria me esquecer, e eu me iludir, não era isso que eu queria pra minha vida...

- Não Luan, se for pra ser amizade colorida, melhor nem se tornar amizade preta e branca!

Afirmei aquilo com tanta complexidade, que Luan parece que ficou pasmo. Não me respondeu nada, apenas pegou se aproximou pra pegar seu casaco em uma poltrona.

- Ei espera. – Fui até ele, segurando seu braço, tentando reprimir o que disse. – Não precisa ir embora.
- Cansei de escutar Catarina. É melhor nossa relação de manter como era: Fã e ídolo.
- Não me desculpa não quis dizer aquilo, só que, ah sei lá, cê tava insistindo tanto que foi a primeira coisa que me veio em mente. Me desculpa. Eu quero ser sua amiga, e espero que você queira ser meu amigo também.
- Mas eu quero ficar com você.
- Na verdade você quer me usar pra esquecer sua ex, e se eu aceitar também estarei te usando pra esquecer meu ex.
- Não, não é isso.
- E também já disse e repito: Não quero ser seu copinho descartável.
 - Você não será meu copinho descartável, e também não estarei te usando para esquecer a Mariana, disse você pode ter certeza.


Nesse instante só senti sua mão um pouco fria pairar sobre minha nuca me puxando para um beijo quente, calmo e maravilhoso.


COMENTE PARA CONTINUAR! 

sábado, 29 de março de 2014

Parte 14


- Então Luan, é o que cê vai querer comer? – Sim quis cortar o assunto e fui pra cozinha
- Ah o que tem de bom ai? – Ele veio atrás de mim.
- Ah sei lá, tem um monte do coisa, me fala o que você quer comer e eu faço.
- Nossa moça prendada.
- Tinha que ser né, morei no mato minha vida toda, aprendi a cozinhar.
- No mato? – Ele ria sem parar.
- Mato é o modo de dizer, morei em fazenda.
- Sasinhora que chique. Sabe fazer pão de queijo, frango com quiabo?
- Claro que sei.
- Então vou querer isso. – Ele se sentou na cadeira.
- Beleza eu faço, mas se cê ficar igual uma planta ai e não me ajudar faço nada.
- Tá tá eu ajudo.

Ele começou a me ajudar a fazer o jantar, afinal já passava das 19 horas. Ia pedindo pra ele as coisas e ele ia fazendo, já parecíamos tão íntimos em tão pouco tempo de conversa.

- Nossa Lu, cê é bom na cozinha.
- Tá Cat, agora quer dizer que picar esses trem aqui é ser bom em cozinha?
- Já é um começo uai.
- Cê que é fera nesses trem, esse cheiro tá tão bom, tá me dando mais fome. Vai demorar muito?
- Deixa de ser guloso homem hahaha. Tá quase pronto. Arruma a mesa pra mim?
- Arrumo ué, onde tá os pratos, garfo, faca?
- Os pratos tá ai no armário de cima.
- Esse?
- Sim, e os garfos e facas na primeira gaveta do lado esquerdo do balcão do armário.
- Beleza achei.

Ele ia arrumando a mesa com aquele jeitinho desengonçado dele, mas arrumou certinho. A comida já estava pronta e Luan parecia que não comia a uma semana pela cara que ele fazia. Servi pra mim e pra ele, e ele como um leão faminto começou  a comer.

- Luan assim cê engasga homi. Calma.
- É que isso tá muito bom.
- Fala de boca vazia, que mania feia.
- Tá tá desculpa, mas tá muito gostoso. Comendo da sua comida ai eu me apaixono.

Acabei levando as palavras dele na brincadeira. Sim, eu acho que talvez eu não quisesse aceitar que ele queria ficar comigo. Não queria ser apenas mais um de seus passatempos.

- Bom eu já acabei Luan.
- Eu quero mais.
- Por isso que é essa baleia em forma de gente.
- A culpa não é minha se cê cozinha bem trem.
- Tá bom, come menino.

Fiquei ali apreciando ele comer. Mas até o jeito dele pegar no garfo e levar a comida à boca me encantava.

- Ai to cheio.
- Também depois de pratos de comida, se não estivesse seria estranho.
- E meu pão de queijo?
- Luan engole o frango com quiabo primeiro direito, depois pensa no pão de queijo.
- Nossa que muié chata.
- Tá bom, obrigada pelo elogio, agora me ajuda a arrumar senão não boto os pães de queijo pra assar.
- Mas já tá pronto?
- Sempre tem pronto aqui em casa.

Eu e ele fomos arrumando tudo, nós mais bagunçávamos que arrumávamos a cozinha. Com custo e muita mais bagunça que arrumação terminamos. Ele capotou no meu sofá, parecia que ele estava na casa dele, deitou, ligou a TV.

- Esse sofá seu é bão hein.
- Cê acha? – Me sentei no outro.
- Mas iria fica melhor com cê sentada nele comigo e não nesse ai.
- Mas com você ocupando ele todo tem como?
- Eu te dou espaço.

Ele se sentou e eu fui sentar perto dele. Assim que me sentei ele colocou a mão pela minha cintura e ia me puxando pro beijo.

- Luan para.
- Por que? Agora eu to solteiro nada impede a gente de ficar. – Ele se aproximou de mim novamente, mas eu me levantei.
- Luan já disse que de você quero só amizade, por favor não força. Eu sai de um relacionamento tem uma semana, e nele sofri pra caramba, e ainda to sofrendo não vou negar. Não to querendo ficar com homem nenhum ultimamente, quero apenas esvaziar minha mente sobre tudo.
- Mas Cat. – Ele se levantou e voltou a se aproximar de mim.
- Luan já disse que não – Me afastei dele. – Se for pra você ficar insistindo é melhor você ir embora.



terça-feira, 25 de março de 2014

Parte 13


                Meia parte do meu dia havia ido embora e eu ainda não havia respondido a mensagem do Luan. Confesso que queria, mas ao mesmo tempo morria de tempo. Esperei dar a hora da faculdade pra conversar com a Laís e perguntar o que ela achava daquilo tudo. Hoje iria sair mais tarde do serviço, em plena terça-feira e eu já cheia de problemas pra resolver. Nem iria dar pra eu passar em casa, era o tempo de pegar o primeiro ônibus e correr pra faculdade. Por sorte cheguei a tempo, e a Laís como sempre na porta me esperando.

- Oi amiga.
- Oi Cat, que cara de quem comeu e não gostou é essa?
- Leia as últimas mensagens dessa conversa. – Passei meu celular pra ela e ela foi vendo a minha conversa pelo Luan.
- MEU DEU CATARINA ACEITA PELO AMOR DE DEUS.
- Para de gritar caralho.
- Ta foi mal, parei, mas Cat pelo amor de Deus aceita, nem que seja pra ele ir no nosso apartamento comer pão de queijo, mas aceita.
- Não sei Lalá, to com medo, muito medo.
- Medo de que criatura?
-De tudo ora. Ele se separou agora, se alguém ver a gente eu ser tachada de pivô de separação, ou eu acabar cedendo as carícias dele?
- Ceder você não deve porque você não é assim, igual eu, manda ele ir pro nosso apê, sei que é quase um muquifo porque duas pobres dividem ele, mas sei lá, leva, ele é tão simples nem vai ligar.
- Continuo com medo, ele me mandou ontem, preciso responder.
- Se você não responde eu respondo por você.

Nessa hora Laís correu pro banheiro e se trancou lá com meu celular e respondeu a mensagem dele. Quando ela saiu tomei o celular da mão dela e vi o que ela havia respondido.

“Oi Luan, desculpa a demora tava suuuper ocupada e também pensando de aceitava ou não. Mas aqui, eu aceito sim, mas com uma condição. Que seja no meu apartamento pra ninguém ver a gente e eu ser tachada de pivô na sua separação e que você não venha com segundas intenções. O endereço é xxxx – Barra da Tijuca. Beijos, Cat”

Meu Deus fiquei louca com aquilo, não sabia se xingava a Laís ou pensava em um jeito de desmentir aquilo. Mas era meio tarde. Ele já tinha respondido.

“Que bom que cê aceitou Cat. Então sábado eu vou ai. Te mando mensagem pra falar o horário. Beijos”

Por um ponto estava feliz não nego, mas o medo, a angustia ainda pairava sobre mim.

- Laís sua vagabunda por que cê fez isso?
- Porque tava na sua cara que você tava louca pra aceitar.
- Tá, tá bom eu queria aceitar sim, mas to com medo, muito medo.
- Deixa de ser besta menina. Precisa ter medo não, Luan é um anjo.
- Pras fãs né, vai saber sozinho comigo.
- Para, com você trebada ele não fez nada, imagina sã.
- Você vai tá em casa né?
- Claro que não, vou pra Búzios sexta a noite pra casa dos meus pais, então o final de semana o apê é seu e do Luan.
- Laís pelo amor de Deus não me abandona, vai pra casa de sés pais outro fim de semana.
- Para de drama, daqui uns meses quando Luan te pedir em namoro, você quem vai me abandonar.
- Tá faça-me rir. Agora vamos embora porque eu to morta.

Pegamos uma van e fomos pra casa. Tomei um banho e apaguei. A semana parecia se arrastar, a mesmo rotina de sempre. Por esses dias trocava poucas mensagens com o Luan. Ele já havia me dito que ira chegar no Rio por volta da 16:30, mas iria pro hotel primeiro com o Well e o Rober, e depois iria pro meu apartamento. Pensei em perguntar se ele iria levar os dois, mas acabei deixando pra lá.
Sexta-feira a noite, havia acabado de chegar da faculdade. Sim minha casa tava uma zona, mas preferi deixar pra arrumar cedo no outro dia. Apenas adiantei algumas coisas e fui dormir. No sábado de manhã arrumei tudo em pouco tempo, tava bagunçado, mas o apartamento era pequeno. Quando acabei devia ser por volta do meio-dia, almocei , tomei um banho e fui pro salão. Cheguei em casa por volta das 15:45, e não tinha nem noção do que fazer pro Luan. Liguei pra Laís, mas foi em vão.

- Melhor esperar ele chegar ai pergunto o que ele quer e faço. – Pensei comigo mesmo deitada no sofá vendo o primeiro DVD dele. Fiquei ali perdida e logo a campanhinha toca. Sim era ele, Luan.

- O-oi Luan. – Ele estava lindo, usava uma calça jeans azul, uma blusa branca lisa de gola v com uma jaqueta por cima, um tênis preto daqueles bem estranhos que ele costuma usar e que eu por sinal acho horrível, e ele usava também um touca, sim eu odiava ele de touca, e um óculos escuro.
-Oi Cat tudo bem?
- Tudo ótimo e você? Oi Well. – Sim o armário tinha vindo junto.
- Oi Catarina. – Well me respondeu com aquela voz grossa de dar medo.
- Então entrem.
- O Well vai voltar pro hotel, depois ele volta e me busca, quero conversar com cê sozinho.
- Ok. – Luan entrou pedi licença pro Well e fechei a porta. – Então Luan senta.
- Tava com saudades de você.



Esse ficou pequeno né gente? Mas prometo que compenso com o 14 hehehe 
Comentem!

domingo, 23 de março de 2014

Parte 12

                Estava tudo fluindo normalmente no meu serviço, várias pessoas chegavam pra mim pra comentar do fato de eu ter sido a Donzela, até meu chefe veio falar pra mim. Achei que iria tomar uma bronca por causa da minha imagem exposta devido ao cargo que eu tinha, mas ele levou super tranquilamente aquilo tudo. O dia parecia se arrastar, não tava com muito serviço, estava em um completo tédio batendo caneta na mesa.

#Luan onn

                Cat se despediu de mim e do Rober e foi embora, era engraçado, mas estava começando a sentir um apreço especial por ela, bem mais do que querer leva-la pra cama.

- Ô Luan cabeção, tá viajando ai? Acorda. – Rober me deu um cutucão e eu sai do transe. – Pensando na Cat?
- Ah Rober ó cala a boca.
- Tá pensando sim! Você devia ter jogado caô na Laís, aquela ali é fácil, fácil.
- Ah testa vai amolar o boi vai.
- Falo mais nada. Se falo de você pra Catarina ela me xinga, se falo dela pra você tu me xinga. Vocês dão um belo par sabia?
- Some daqui Rober, anda vai.

Rober saiu do camarim e eu fui me secar e me trocar pra voltar pro hotel. Sim era estranho tudo aquilo, mas não dei muita importância. Acabei recebendo um sms da Mariana.

“Oi Luan, eu quero conversar com você, quando voltar pra casa vem me procurar aqui na minha, beijos.”

Aquele “eu quero conversar com você”  é o que me assustava. Ela também sempre colocava um “eu te amo” no final da mensagem e dessa vez não colocou. Mas também terminar talvez seria bom pra nós dois. Ela estudava direito, quase não podia me acompanhar, e ambos já estávamos sem tempo um pro outro. Sai dos meus pensamentos com o Rober me chamando falando que a van já estava pronta. Fui do local do show até o hotel calado, revirando as fotos do meu celular, até que chega na da Catarina que peguei do celular dela. Era uma foto cortada, ela parecia estar em uma festa, e tinha um braço sobre a coxa dela, com certeza era do ex. Quando peguei a foto nem percebi o detalhe. Cheguei no hotel tomei um banho, comi um sanduiche mesmo e apaguei. Acordei por volta da 15 horas com o Rober batendo na porta dizendo que as 17 horas  iríamos pegar um voo pra voltar pra Londrina. Levantei tomei um banho, e resolvi mandar uma mensagem pra Catarina. Acabei enviando pelo whatsapp mesmo.

“Oi moça, tudo bem?”

Ela acabou me respondendo rápido.

“Oi moço, tudo sim e vc?”
“Eu to ótimo hahaha. E ai tá trabalhando?”
“To aqui batendo caneta na mesa kkkkk mas me sinto trabalhando.”
“ Kkkkkkkk sua atoa. Vai embora que horas?”
“Sai daqui 16:00. Ainda tá no Rio?”
“ Sim, e queria te ver de novo”
“Aqui e minha fotos hein? Eu quero elas viu rsrsrs”
“ Vou te mandar agora a que tá meu celular, depois pego com o Rober as que tá na máquina e te passo”

Enviei a foto que tiramos do meu celular, ela agradeceu, e depois não a respondi mais. Fui tomar um banho pra ir pra casa.
Já em Londrina matei a saudade dos meus pais, Bruna estava em São Paulo, deixei minhas malas no quarto, minha mãe iria organizar tudo pra mim, e fui pra casa da Mariana. Ela me atende no primeiro toque da campainha.

- Oi Luan. – Disse seca.
- Oi Mari. – Fui pra beija-la e ela desviou. – O que foi?
- A gente tem que conversar, senta. – Assentei-me no sofá e ela se sentou do meu lado.
- Olha Luan, eu vou direto ao ponto. Não dá mais, a gente precisa terminar. Eu to ficando sufocada, é muita pressão em cima de mim e nós nem temos tempo um pro outro direito. Você precisa de uma mulher que tenha tempo pra cuidar de você.
- Olha Mari, não precisava ser assim, a gente terminar, eu te amo.
- Eu também te amo, e muito Luan, mas não dá, a gente mal se vê, e essa pressão da mídia em mim, mulher em cima de você o tempo todo.
- Você sempre soube que seria assim quando aceitou namorar comigo.
- Eu sei Luan, mas não sabia que era demais. Eu mal respiro. Por onde vou vem alguém me amolar por ser sua namorada, querem saber tudo. Não dá, me sufoca. E você também me sufoca.
- EU TE SUFOCO MARIANA? ENTÃO PORQUE FICOU COMIGO POR MAIS DE UM ANO? – Já estava alterado.
- Luan para de gritar, não foi isso que quis dizer.
- MAS DISSE. OLHA MARIANA QUER SABER, QUEM NÃO QUER MAIS SOU EU TÁ ENTENDO? VAI VIVER SUA VIDA, QUE EU VOU VIVER A MINHA.

Sai daquele apartamento o mais rápido que pude. Ela nem se hesitou em vir atrás de mim. Sim eu estava sofrendo, eu amava ela, mas talvez não era o que Deus quis pra mim. Cheguei em casa meus pais estavam na sala e viram minha cara de abatido.

- O que houve meu amor? – Minha mãe veio até mim me abraçando e me fazendo sentar.
- Acabou tudo mãe.
- Calma meu anjo, não fica assim. Eu tenho certeza que o amor da sua vida, Deus já está colocando em seu caminho.

Como era gostoso receber o carinho dela. Subi pro meu quarto e resolvi mandar mensagem pra Catarina.

“Cat, tá ocupada meu anjo?”

Infelizmente não obtive resposta, ela devia estar na faculdade. Deixei o celular de lado e desci pra jantar.

#Luan OFF
#Catarina ONN

A foto que Luan me mandou estava extremamente linda, no mesmo instante que ele enviou coloquei ela de tela de bloqueio do meu celular. A hora logo passou e estava na hora de ir pra casa e da casa pra faculdade. Por sorte hoje iria conseguir ir em casa. E ainda bem que não encontrei com o Miguel, ele estudava o dia inteiro e eu a noite, então é raro nos encontramos. Laís acabou não indo hoje porque estava com muita dor de cabeça. Sem ela ali a hora parecia não passar. Vi algumas pessoas ali na sala que estavam no show e na boate me olhar meio estranho, mas nem dei muita bola. Ainda bem que deu hora de ir embora, não suportava mais gente me olhando torto. Peguei um ônibus e procurei meu celular na bolsa, e fui ver minhas mensagens. Tinha uma do Luan de 2 horas atrás, abri ela primeiro.

“Cat, tá ocupada meu anjo?”
“Luan desculpa não responder antes, é que tava na faculdade, mas agora se tiver acordado ainda pode falar”
“Ainda bem que vc respondeu :’(“
“O que aconteceu Luan?”
“Terminei com a Mariana”

Sim, meu coração parou por um tempo, não sabia nem o que responder.

“Ai que foda Lu, mas bem vindo ao clube dos solteiros. Mas cê tá bem né?”
“Mais ou menos né, eu amava ela, melhor ainda amo”
“Fica assim não meu bem, vai passar”
“Queria você perto de mim pra me consolar”

Fiquei ali tentando consolar ele o máximo que pude, até que acabei pegando no sono e não o respondi mais. Acordei com o despertador tocando, tomei um banho e olhei meu celular pra olhar as mensagens, tinha uma do Luan.

“Aqui, se eu for pro Rio esse final de semana você sai comigo?”


Fiquei sem rumo mesmo, não sabia o que responder pra ele. Decidi deixar o celular de lado pra pensar e depois dar a resposta.



E ai amores, o que acharam desse?  Comentem pra eu continuar! 
Beijos, Kari :)

sábado, 22 de março de 2014

Parte 11


                Ele não parou de me olhar, ficou daquele jeito por quase um minuto talvez. Eu estava completamente constrangida, o Rober ficava olhando para o Luan e pra mim, a Laís ficou rindo o tempo todo.  Quando ia falar com ele, para tentar parar com aqueles olhares, ele mesmo o fez.

- Oi Cat, vai vir me abraçar não? – Ele falou aquilo saindo do transe que se encontrava.
- Claro. – Sorri e fui em direção a ele. Aquele abraço que não sabia como explicar, era tão mágico ficar ali naqueles braços aconchegantes, sentir aquele perfume maravilhoso.
- Tá cheirosa hein muié? – Sim ele fungou no meu cangote.
- Olha quem fala. – Tentei disfarçar o arrepio, mas acho que ele percebeu porque me olhou com uma cara que não tem como descrever.
- Alô alô a gente também existe aqui viu. – A Laís interrompeu.

Ficamos por um bom tempo conversando nós quatro ali no camarim. O Rober deu pra mim e pra Laís um crachá da produção pra imprensa não pensar besteira. O Luan atendeu imprensa, fãs e quando acabou ofereceu comida, mas eu só quis uma água, já a Laís se entupiu nos salgadinhos junto com o Luan.

- Nossa gente parem de comer como se o mundo fosse acabar amanhã. – Gargalhei e os dois riram juntos.
- Cê também tinha que comer Cat, tá uma delícia. – Luan falou com a boca cheia.
- Se fala com a boca vazia Luan. – Rober o repreendeu, mas ele não deu ideia.
- Luan chega de comer, escova os dentes, arruma esse cabelo que daqui a pouco começa o show. – Márcio só abriu a porta, deu o recado e saiu.
- Cat arruma meu cabelo pra mim?
- Tá me achando com cara de cabeleireira é?
- To sim. Vai arrumar né?
- Luan cê que sabe o jeito de arrumar uai.
- Eu te explico, só arruma ele pra mim, por favor?
- Tá vai escovar os dentes então, anda menino.

Ele foi pro banheiro do camarim escovar os dentes e eu e Laís ficamos sozinhas com o Rober.

- Vocês dois hein?
- Nós dois o que Rober?
- Nem parece que se conheceram ontem.
- Por que menino?
- Ah para né, as únicas pessoas que arrumar o cabelo do Luan é a Marla, a acho que ainda a namorada dele ou ele mesmo.
- Af Rober nada a ver. Tá insinuando o que?
- Ele tá insinuando que o Luan tá louco por você.
- Cala a boca Laís.
- Ela não aceita é isso.
- Laís fica quieta, e Rober para de falar besteira.
- Não é besteira Catarina, ele te quer e ponto. To com o Luan há anos e nunca vi ele tratar uma garota que deu fora nele, depois foi atrás dele de novo do jeito que ele te trata só to falando a verdade mulher. Ele te quer e tá escrito na testa dele, só um cego que não vê.
- Tá chega desse assunto.
- Que assunto?
- Credo Luan chega igual assombração que susto.
- Não sou tão feio assim não. Mas que assunto?
- Nada, senta aqui deixa eu ajeitar esse pixaim seu.

Ele se sentou e rapidamente eu arrumei o cabelo dele, ele foi dando as instruções e eu fui fazendo. Logo o Rober saiu e foi pra perto do palco pra tirar as fotos, e Luan já iria começar o show.

- Vocês vão ficar de cima do palco tá.
- Uai não temos outra opção né hahaha. – Laís o respondeu e eu fiquei calada.

Ele mandou o Márcio levar a gente e pegar duas cadeiras pra gente. Ficamos do lado esquerdo do palco.

- Cat, sobre o que o Rober disse é...
- Não Laís, eu não quero nada com o Luan, ele namora.
- Nem tá fluindo esse namoro Cat.
- Mas Laís não, do Luan quero apenas amizade. Olha vai começar o show.

Ficamos assistindo o show, quando o Márcio chegou pra mim e disse que Luan mandou falar que eu seria a Donzela e não iria dar mais tempo de escolher outra, porque já era a próxima música. Acabei aceitando porque afinal era um sonho também. Fui pra onde o Márcio disse, e o Formigão foi me passando as instruções. Até que ele chamou, ficou olhando pra mim sorrindo e pegou em minha mão e me guiou até o sofá. Na hora de dançar, ele deixou o público cantando e ficou cochichando em meu ouvido.

- Ainda bem que você aceitou.
- Nunca iria recusar.

Senti alguém pegando em meu braço me tirando do braços do Luan. Voltei pra perto da Laís e me sentei.

- O que ele disse no sue ouvido na hora da dança?
- Calma deixa eu respirar primeiro.
- Tá já respirou fala.
- Uai ele só disse “Ainda bem que você aceitou”.
- Quando falo que esse homem de quer, você fala que é mentira.
- Tá vou falar mais desse assunto não.

O show acabou, e o Márcio veio falando pra mim ir pro camarim. Segui o que ele disse e fui. Também tinha que me despedir do Luan, afinal acordava cedo no outro dia pra trabalhar.

- O show foi lindo. – Disse entrando e acabei assustando ele.
- Depois quem chega igual assombração sou eu né? – Ele sorriu – A melhor parte foi a Donzela.
- Ah adorei as flores.

Ficamos nos olhando por um bom tempo novamente.

- Então... to indo embora já.
- Ah vamos sair pra jantar, a banda toda vai.
- Não posso, eu tenho vida sabia? Amanhã trabalho.
- Falta.
- Não posso sou a gerente. E a subgerente tá de férias.
- Nossa muié chique, de negócios.
- Ah Luan cala a boca. Mas é sério eu tenho que ir, trabalho, estudo.
- Mulher Bombril.
- Hã? – Perguntei sem entender o que ele quis dizer.
- Mil e uma utilidades. – Ele sorriu daquele jeito encantador de sempre.
- Cê é muito idiota mesmo hein. To indo tá. – O abracei na despedida, a Laís se despediu também.
- Uai vamos nem tirar foto?
- Ué, vamos.
- Rober vem cá, pega a máquina aí pra tirar foto nossa.
- Tira do celular mesmo Luan, quero a foto.
- Depois eu te mando.

Tiramos a foto, Luan no meio, eu e Laís dos lados. Depois tiramos sozinhos.

- Quero uma no meu celular com você Cat.

Ele ligou a câmera frontal do celular e tirou.

- Quero essa também viu.
- Vou mandar todas hahaha.
- Mas então deixa eu ir né. – O abracei novamente, em seguida me despedi do Rober. Laís fez o mesmo.

Quando estávamos saindo, Laís encontrou com o Gutão do lado de fora.

- Laís? – Ele a puxou pra conversar.
- Ah Guto oi. – Ela respondeu um pouco sem graça.
- Por que você foi embora ontem sem avisar?
- Ah não quis te acordar.
- E nem me passou seu telefone.
- Ah é né. – Ela já estava sem graça, percebi que não queria passar o número dela.
- O Guto, a gente tá com um pouco de pressa, pede o Luan meu número, me manda mensagem que eu te passo o dela pode ser? Desculpa mesmo, é que amanhã a gente acorda cedo pra trabalhar.

Sai arrastando a Laís pra longe do Gutão.

- Ai amiga valeu me salvou. Mas não passa meu número pra ele não tá.
- Tudo bem, se você não quer. Apesar que minha vontade é passar pra ele te atormentar, já que você vive me atormentando com essa história de Luan.
- Ah para eu só falo a verdade.
- Chega, vamos pegar esse táxi aqui mesmo.

Entramos no táxi e fomos embora pra casa. No outro dia acordei cedo, tomei um banho, me arrumei, tomei meu café e fui pro serviço. Assim que entrei todos olhavam pra mim. Não tava entendendo porque. Até que uma das caixas que tinha mais costume comigo chega e fala.

- Ah chefinha hein poderosa com o Luan Santana hein.
- Hã?
- Você dançou no palco com ele né. Tava toda linda, eu tava no show e vi. E também tá no jornal.
- Ah sim. Me chamaram e eu aceitei apenas.

Fiquei um pouco aliviada, quando ela disse “Ah chefinha hein poderosa com o Luan Santana hein” pensei que era fotos da boate, mas graças a Deus, não era.



 Demorei, mas postei hahaha

terça-feira, 18 de março de 2014

Parte 10


                Peguei o elevador e desci pro saguão do hotel pra encontrar a Laís. Tava me sentindo horrível, com uma cara de quem tá acabada com a ressaca mesmo, não entendia o porque do Luan falar pra mim que eu estava linda.
Encontrei com a Laís na recepção andando de um lado pro outro. Sim, eu ia ouvir.

- Menina pelo amor de Deus, porque você demorou tanto? To morrendo de fome e você me enrola desse jeito.
- Calma Lalá por favor. O Luan me enrolou lá e eu também to com fome. Mas tomou café com o Gutão não?
- Eu não deixei ele dormindo e vim embora. Sabe não curti. – Ela gargalhou alto.
- Meu Deus não acredito nisso. Então ele não guentou o tranco? – Conseguia gargalhar mais alto que ela.
- Não. E porque não tomou café com o Luan?
- Ah a história é longa. Vamos a pé pra casa mesmo porque é perto e vou te contando.

Era quase dois quilômetros, mas fui contando pra ela tudo que aconteceu no caminho que acabamos chegando rápido.

- Ai preciso de um banho. – Laís jogou a bolsa no sofá e foi correndo pro banheiro. Preferi não disputar, tínhamos só um banheiro e queria pensar também. Tirei meu sapato e capotei no sofá.

- O muié acorda anda! – Laís me sacudia feito louca. – Para de sonhar com o cantor boy magia e vai tomar banho pra gente ir pro churrasco.
- Credo calma to indo. Mas o muié que não enjoa de festa! – Levantei do sofá e estava indo em direção ao banheiro.
- Nunca nunquinha amiga!

Tomei meu banho, fiquei uns 30 minutos apenas. Acabei lavando meus cabelos, quando sai sequei eles. Laís já estava pronta. Ela colocou um vestido, bota de cano baixo e jaqueta. Eu preferi optar por uma calça jeans clara, um cinto, um blusa de renda, jaqueta e bota de cano longo. Tava um pouco frio.

- É fogo só pode mesmo. – Falei rindo e olhando pra ela.
- Isso tenho de sobra, agora vamos rápido vem.

Ela saiu me puxando, não entendia porque tanta pressa da parte dela em chegar nesse churrasco algo ela iria aprontar tava na cara. Pegamos um ônibus mesmo, apesar de o nosso trabalho ser bem remunerado, eu como gerente e ela como secretária chefe de uma empresa, nenhuma de nós ainda tinha carro, dinheiro nunca sobrava. O ônibus parou a uns 200 metros do condomínio do Marcos. Ele já era bem de vida. Pai juiz, mãe medica, nem se preocupava muito, tinha até apartamento próprio.  
Estava tudo tão cheio, tinha só mesmo turma do direito, publicidade, alguns da medicina e poucos do jornalismo. Conhecia praticamente todos então se enturmar não foi difícil. Laís já estava com o Marcos, por isso entendi o motivo da presa. Quis beber apenas umas duas cervejas, afinal tinha o show ainda à noite.

- Meu Deus o show. – Falei com uma cara um pouco assustada ao perceber que não avisei a Laís. Sei que ela iria topar na hora, mas assustei mesmo assim.
- Que show amiga?
- Vem cá Laís. – Levei ela para um canto sem som. – O Luan me convidou pro show dele hoje, ai ele vai mandar alguém ir me buscar, e falei que cê vai comigo. Você vai né?
- Oba show do boy magia de graça e com produção me buscando, topo demais.
- Menina cê não vale nada.
- Não mesmo, agora vamos pra casa fica lindas pra ele. Ops lindas não. Você ficar linda pra ele.
- Opa opa, pode parar a palhaçada, a gente vai virar apenas A-M-I-G-O-S, entendeu?
- Tudo bem, “amigos”.
- Pode ir tirando as aspas da fala ok?

Fomos despedir da galera pra ir pra casa. Pegamos carona com um amigo nosso, o que acabou sendo um pé na roda pra gente, chegaríamos bem mais rápido e ainda iria dar tempo de dormir um pouco. Ele nos deixou na porta do prédio e foi pra casa dele.

- Lar doce lar! Eu quero dormir. – Me joguei na cama e dormi. Acordei por volta das 18:25 com meu celular tocando. Nem olhei o visor e atendi.

- Alô.
- Ô muié desculpa te acordei né?
- Luan?
- Uai apagou meu número.
- Não que isso o sono era tanto que nem olhei.
- Desculpa sério, não queria te acordar eu juro, achei que tava no churrasco.
- Votei cedo de lá, devia ser umas 15:30 quando sai, cheguei em casa e capotei na cama.
- Nossa. Mas liguei só pra confirmar o show mesmo. Cê vai né?
- Vou sim. Que horas você deve chegar lá?
- Ah por volta das 22. Ai só me ligar.
- Beleza, vou dormir mais um pouco então, posso?
- Claro que pode, beijos linda.
- Beijos.

Desliguei o telefone, coloquei pra despertar e voltei a dormi. Quando deu 20:00 ele toca o despertador e eu levanto, chamo a Laís e vou tomar banho enquanto ela faz o jantar. Acabei, enrolei uma toalha na cabeça, vesti um roupão e fui comer.

- Luan me ligou.
- E ai o que ele disse?
- Queria me confirmar do show.
- Cara esse homem não existe mesmo, e outro ele tá louco com você.
- Para Lalá ele namora poxa. Nunca ficaria com ele sabendo que ele tem namorada ainda. Apesar que eles deram um tempo.
- Ai então se eles deram um tempo você pode pegar.
- Claro que não, eles não terminaram. E do Luan quero apenas AMIZADE independente dele tá solteiro ou não.
- Ai você não sabe aproveitar a vida. Vou tomar banho e me arrumar porque hoje vou ver meu cantor.
- Vai lá que daqui a pouco to indo me arrumar também.

Terminei de jantar, deixei as louças pra lavar no outro dia pra não me atrasar. Fui pro meu quarto sequei meus cabelos e passei uma chapinha, quis fazer nada de mais. Passei uma maquiagem bem leve e fui escolher minha roupa. Optei por uma legging encerada, uma camisa de malha preta, um casaco nude, e bota baixa mesmo. Coloquei alguns acessórios, como colar, anel, brincos, e fui pro quarto da Laís ver se ela já estava pronta. Ela estava calçando o salto.

- Nossa amiga, você tá simples, mas tá um show.
- Eu sei, e cê com esse vestidinho vai acabar pegando o Gutão de novo.
- Credo, daquilo to correndo. Vamos? – Ela foi pegar a bolsa dela.
- Vamos.

Peguei a chave de casa joguei na minha bolsa e fui pro show. Devia ser umas 22:00 horas, então optamos por pegar táxi mesmo. Por sorte conseguimos um rápido, chegamos lá devia ser umas 22:15. A fila estava bem grande. Sai do meio do povo e fui ligar pro Luan.

- Luan, oi.
- Oi Cat tudo bem?
- Tudo e você?
- To animadasso uai, vou te ver novamente.

Engoli em seco aquilo e continuei a ligação.

- Aqui já cheguei ok.
- Ok, vai pra parte de trás que vou pedir pro Rober te buscar ok.
- Beleza.

Desliguei o telefone e fui pra parte de trás com a Laís. Logo o Rober chegou e fomos direto pro camarim. E lá estava ele, tentando arrumar aquele cabelo.


- E ai Luan, tudo bem? – Laís foi em direção á ele e o abraçou forte. A alma de fã sempre fala mais alto. Ele retribuiu o abraço, a respondeu e parou por um tempo e ficou olhando pra mim. Ele me fitava de um jeito que cheguei a ficar constrangida. Ele não tirava os olhos de mim um minuto sequer.



Sei que esse não ficou muito bom, mas foi o que eu conseguir fazer com dor no braço e um caroço nele infeccionado. Me falem o que acharam ok. Beijos *--* 

segunda-feira, 17 de março de 2014

Parte 9


                Aquilo pra mim era muito surreal. Quando comecei a ser fã do Luan confesso que queria casar com ele, ter filhos, mas isso mudou com o tempo. Tive dois namorados em meus cinco anos como fã e passei simplesmente a querer ser amiga dele, poder trocar sms, um ligar pro outro quando não estiver bem, for o colo amigo dele pra ele chorar, ser a pessoa pras horas certas e incertas dele, ser quem sabe sua melhor amiga. Um turbilhão de pensamentos e sentimentos me percorria. Era tão estranho tudo aquilo que estava vivendo. Da noite pro dia, conheço meu ídolo, ele pede pra ficar comigo e estava no mesmo quarto de hotel que ele. Sim achei que estava sonhando, mas não, era tudo tão real.

- Olha, vamos com calma, nos conhecemos tem nem 24 horas – dei uma risada subitamente – isso tudo pra mim tá sendo muito diferente.
- Diferente por quê? – Ele olhou-me meio bobo, talvez não entendesse o quis dizer.
- Pensa eu sou sua fã, vim pro hotel com você porque tomei um belo de chifre – Já falava quase soluçando, tinha um nó na minha garganta, confesso que o choro já estava quase saindo – acabei dormindo na mesma cama que você. Meu Deus é tudo muito diferente pra mim Luan.

               Não aguentei e acabei chorando. Ao ver no estado em que me encontrava, no impulso ele me abraçou forte. Aquele abraço acolhedor que sim, é capaz de espantar todos os medos. Naquele abraço encontrei uma força diferente, parecia ser um anjo que Deus enviou pra me acolher naquele momento.

- Calma meu anjo, não chora. Olha pra mim – Ele me soltou de seus braços, segurou em meu queixo, olhou bem no fundo dos meus olhos e com a mão dele que estava livre acariciou meu rosto. – Vai passar, vai ficar tudo bem tá me entendo. Ele fez isso com cê porque não te merecia.  Seu príncipe Deus já reservou.
- Cadê esse príncipe Luan? Me fala? Já tive dois namorados e todos os dois terminaram assim, no final eu chifruda. Sinceramente, acho que não sou merecedora do amor de ninguém.
- Não fala isso Cat, claro que você é você vai encontrar.

           Eu o abracei novamente, queria estar em seus braços, eles eram tão acolhedores, parecia que meu mundo parava ali. Meu telefone começou a tocar, porém não encontrava em lugar algum.

- Me ajuda a achar Luan, pode ser importante.
- Aqui Cat achei.
- Onde que tava?
- Dentro do meu nécessaire. Sinal que cê fuçou demais hein muié. – Ele ria da minha cara de boba. Tava morrendo de vergonha, como meu celular foi parar ali?
- Para de rir de mim e me dá. – Acabei rindo junto com ele, não resisti.
- Tá parei, toma. – Ele me entregou o celular – Posso confessar uma coisa pra você?
- Confessa vai.
- Ver cê parar de chorar e dar esse sorriso lindo pra mim é tão mágico sabia?
- Sabia.
- Ai que convencida meu Deus. – Ele me deu um abraço gostoso e forte que acabou me derrubando no sofá e ele caindo por cima de mim. Fiquei sem rumo, sem saber o que fazer.  Ele me olhava fixamente, aqueles olhos negros fixados a mim me deixou perdida. Minha fala sumiu por um instante, a dele parecia também ter sumido.
- Ai Luan sai de cima de mim. Cê é pesado homem. – Empurrei ele, foi a única coisa que sobe fazer. Mas ele era bem pesadinho e não consegui que ele saísse de cima de mim.
- Tá me chamando de gordo é? – Ele segurou firmes meus braços de um jeito que não consegui me soltar.
- To sim, agora sai de cima de mim sua baleia, preciso ver quem me ligou. – Ele ainda insistia em ficar em cima de mim – Anda Luan, levanta.
- Olha não sou gordo, sou gostoso é diferente. Me chama de gostoso que eu levanto de cima de você.
- Não chamo não, anda levanta vai, to ficando sem ar.
- Fala Catarina.
- Tá Luan cê é um gostosão, agora sai de cima de mim, quero respirar. – Ele levantou.
- Quem mandou ser desse tamaniquinho também. – Ele falou em um tom de risada.
- Olha Luan, não vou te responder porque preciso retornar minha ligação, agora fica calado e dá licença. – Nem falei séria porque ria da cara dele.

          Ele foi no banheiro enquanto retornei, era a Laís.

- Alô Lala. O que cê me ligou?
- Ô amis vai ficar a vida toda com o cantor ai? Eu to indo embora já, to na portaria do hotel te esperando, vem que a gente vai sair, vamos pra um churrasco na casa do Marcos e nem eu nem ele aceitamos não como resposta.
- Beleza, vou só lavar meu rosto e me despedir do Luan e já desço.
- Ok, te espero. Tchau
- Tchau.

           Desliguei o telefone e fui até a porta do banheiro chamar o Luan. Bato na porta e ele abre com uma toalha enrolada na cintura.

- Só não deixa esse trem cair. – Falei tampando os olhos e morrendo de vontade de rir.
- Tira essas mãos dos olhos palhaça – Ele tirou a minha mão do meu rosto – Vou deixar cair não. Agora fala o que foi?
- To indo embora.
- Mas já, toma café comigo? – Ele fez aquela cara de cachorro olhando frango de padaria que me encantou.
- Não posso Luan, a Lalá já tá me esperando pra gente ir pro churrasco.
- Essa Laís atrapalhando meus esquemas. – Ele apenas sussurrou.
- O que Luan?
- Nada, nada. – Ele desviou e eu continuei sem saber o que ele disse. – Mas churrasco onde?
- Na casa de... – Parei por um instante – Pera cê não tá muito curioso querendo saber da minha vida não trem? – Inclinei a cabeça e sorri pra ele.
- To mesmo, agora conta na casa de quem? – Ele franziu a testa. Nossa amava quando ele fazia isso.
- Do Marcos, um amigo meu. Satisfeito?
- Satisfeito. Mas queria que você tomasse café comigo. – Ele fez um biquinho que na hora confesso me deu vontade de beijar ele.
- Para de fazer essas caras de bocas – Eu sorri e ele sorriu comigo – Não dá mesmo Luan, desculpa. Quem sabe uma próxima. Deixa eu lavar meu rosto no seu banheiro, e me empresta uma escova de cabelo ou um pente por que isso aqui – peguei uma mexa do meu cabelo – tá horrível.
- Vai lá lavar, tem um pente ali na mesinha. E seu cabelo tá lindo.

           Fui lavar o rosto e pentear o cabelo, quando sai ele tava sentado na cama mexendo no meu celular e com o dele na outra mão.

- O que você perdeu ai mocinho. – Falei tomando meu celular dele.
- Quem mandou você não colocar senha? Tava passando uma foto sua pro meu celular e pegando seu número. E já salvei o meu número no seu também.
- Luan cê não vale nada – Dei um tapa no ombro dele – Pegando fotos minhas sem permissão.
-Foi só uma e a que tá de papel de parede, que por sinal é linda. E o tapa doeu.
- Era pra doer mesmo. – Acabamos rindo juntos da situação – Agora quero uma foto sua exclusiva, já que você tem uma minha.
- Tá vou tirar uma agora. – Ele tirou uma perfeita, franzindo a testa do jeito que eu gostava e enviou pro meu celular. – Satisfeita?
- Agora to, amei a foto. Amo quando cê franze a testa sabia?
- Amo quando cê me elogia. – Ele me puxou e me fez cair sobre ele na cama.
- Tá agora preciso ir. A Lalá deve tá doida.
- Tá bom, mas me promete uma coisa?
- O que?
- Vai no meu show hoje de novo?
- To sem ingresso amor, comprei só pra ontem.
- Cê me liga que mando irem te buscar. Só me promete que vai, por favor.
- Quem resiste a um pedido seu. Eu vou sim, mas vou levar a Lalá posso?
- Claro que pode.
- To indo, até mais tarde.
- Até.

            Abracei ele e fui em direção a porta pra ir embora. Era o sonho mais lindo talvez que eu estivesse vivendo. Conversava com ele tão intimamente que parecia ser coisa de outro mundo.



E ai o que acharam desse hein?